RESGATANDO A HISTÓRIA DA 9ª AGROVILA

RESGATANDO A HISTÓRIA DA 9ª AGROVILA Professoras: Acleide Souza dos Santos e Solange Luzia Macagnan Turma dos 3º Ano Ensino Médio Escola Municipal Norberto Schwantes JUSTIFICATIVA A história e cultura de um povo são marcadas por suas memórias, linguagem, fatos e acontecimentos. Por isso é fundamental registrá-las para fins de pesquisa, valorização e publicação. E a escola deve trabalhar com estas questões envolvendo os alunos neste processo. Pensando nisso, as professoras de História, Sociologia e Língua Portuguesa provocaram os alunos do 3º Ano do Ensino Médio das salas anexas da Escola Estadual 12 de Abril, que funciona na localidade da 9ª Agrovila, município de Terra Nova do Norte para desenvolverem um trabalho junto ao “Grupo Vida Ativa”. O Presente trabalho tem o intuito de ouvi-los, uma vez que eles possuem uma ampla bagagem de informações que podem servir como material de pesquisa e estudo, no que se refere a fatos históricos, geográficos, sociais e lingüísticos da localidade em questão. O trabalho também busca a importância da interação entre estes dois grupos no propósito de levar a juventude a valorizar e estabelecer comunicação com o grupo. OBJETIVOS · Ouvir, questionar e registrar fatos históricos relacionados à fundação da 9ª Agrovila sob a ótica de alguns pioneiros desta comunidade; · Promover interação entre os alunos do 3º Ano do Ensino Médio e pioneiros da 9ª Agrovila que fazem parte do grupo “Vida Ativa” para organizar o registro histórico da ocupação da presente localidade; · Estudar aspectos relacionados à variação lingüística de alguns pioneiros da 9ª Agrovila tendo como propósito a valorização da linguagem, principalmente no que se refere à diferentes termos usados para um mesmo objeto, animal ou alimento; · Questionar junto aos pioneiros aspectos relacionados às mudanças climáticas locais desde a época da fundação até o presente momento para posterior reflexão e discussão sobre a situação; · Utilizar os dados coletados para na disciplina de português estimular a produção de cordel; · Utilizar os recursos tecnológicos para construir gráficos sobre as entrevistas sobre a variação linguística, digitação das produções textuais dos alunos; · Transformar as informações coletadas em texto expositivo; METODOLOGIA · Definição do tema: A partir de uma reflexão proporcionada na semana pedagógica sobre a importância de trabalhar os aspectos locais da história, eu, professora Acleide que trabalho com a referida disciplina lancei para a turma o desafio de desenvolver um trabalho de resgate da história da 9ª Agrovila. · Organização do 1º encontro com os pioneiros: Conversei com os alunos sobre as atividades que desenvolveríamos durante o trabalho. A primeira que decidimos organizar foi um momento de diálogo com os pioneiros. Consultamos a enfermeira do PSF, Neusa, que promove os encontros do grupo “Vida Ativa”, para podermos organizar este momento.Ela incentivou a idéia e marcou com eles em um dia que era de rotina fazerem o encontro. · O momento do 1º encontro: Este aconteceu debaixo de uma sombra no pátio do PSF, onde alguns pioneiros do grupo “Vida Ativa” e os alunos sentaram para dialogarem sobre suas pretensões. Informaram que gostariam de fazer um resgate da história desta localidade. Os pioneiros demonstraram disponibilidade diante da proposta dos alunos. Então, eu, professora Acleide tomei a iniciativa de sugerir o acontecimento de um próximo encontro para onde alunos e pioneiros poderiam preparar-se melhor para tal, como por ex: os pioneiros trazerem fotos e os alunos prepararem perguntas direcionadas ao foco de pesquisa. · Preparação de questionário: Durante a aula os alunos elaboraram questionário mais ou menos assim: Qual foi o motivo que os levou a optar por vir morar na região? Que tipo de apoio receberam quando vieram para cá? Como foi realizada a mudança de seus locais de origem para cá? Como era esta localidade quando eles aqui chegaram?Como eram as condições de transporte e comunicação na época? Quais eram as condições de saneamento básico, moradia, água pra consumo,etc. · 2º encontro com os pioneiros que participam do grupo “Vida Ativa:Este aconteceu na sala onde estuda a turma do 3º Ano. Participaram os alunos envolvidos, pioneiros membros do grupo “Vida ativa”, professores que trabalha com o Ensino Médio, a enfermeira Neusa. A professora Acleide deu abertura ao encontro passando um documentário sobre a colonização de Terra Nova por intermédio do data shwou. A seguir foi aberto espaço para que os alunos fizessem a entrevista conforme o previsto. Os pioneiros responderam as perguntas com muito entusiasmo. Enfim o momento foi bastante proveitoso tanto na interação como na coleta de dados.O encontro foi registrado de forma escrita pelos alunos, como também por meio de fotos. · A organização das informações:Em sala de aula com a professora Acleide, os alunos organizaram as informações através produção de texto expositivo. · Um olhar para a linguagem:Um Em outro momento, a professora de Língua Portuguesa comentou com a turma sobre a possibilidade de realizar também junto aos poneiros, um trabalho na área da variação lingüística.Comentou que o trabalho objetivaria focalizar as diferenças de vocabulário como reflexão para buscar a valorização e respeito por estas diferenças. Os alunos demonstraram interesse e partimos para o estudo de um texto que versa sobre variação lingüística. Após reflexão partimos para a elaboração de questionário sobre alguns vocábulos, o qual segue anexo ao trabalho. · Uma reflexão sobre as mudanças climáticas da 9ª Agrovila. A Professora de Geografia abordou com a turma sobre a importância de investigar também sobre as mudanças climáticas da região desde a época que aqui os pioneiros se estabeleceram até os nossos dias. Para realizar isso também foram elaborados questionários que seguem anexo. · Entrevista: Para realizar a entrevista referente à variação linguística e também a referente às questões climáticas, os alunos acompanhados pela professora Acleide deslocaram-se até as residências dos entrevistados. · Reflexão sobre os dados coletados sobre a variação lingüística: Na aula de Língua portuguesa, analisamos as respostas obtidas durante a entrevista. Procuramos refletir o porquê da diferença de vocabulário tratando-se de um mesmo animal, alimento ou objeto. · Produção de cordel: A professora de língua Portuguesa incentivou os alunos a utilizarem as informações adquiridas durante a o desenvolvimento do trabalho para produção cordelística. Para isto orientou–os sobre a estrutura do cordel. Posteriormente partimos para o trabalho de produção. · Reflexão sobre as diferenças climáticas: os alunos analisaram as diferenças climáticas de acordo com os depoimentos dos pioneiros pois eles notaram que há 30 anos atrás o clima tinha uma grande diferença ; não ventava muito ,chuvas controladas , o ar mais fresco , não tinha queimadas ; para os pioneiros tudo hoje esta descontrolado devido o homem não ter controlado o meio ambiente. · Sistematização de dados: Os dados coletados foram organizados em forma de textos expositivos e gráficos.Para produzir os gráficos o professor Laércio, que trabalha com a disciplina de Matemática orientou os alunos para que utilizassem o programa Excel.Para realizar a digitação dos textos os alunos foram orientados pela professora do laboratório de informática, Edimélia a usarem o editor de textos. DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: · História; · Geografia; · Sociologia; · Língua Portuguesa; · Matemática; RECURSOS UTILIZADOS: · Discussões; · Fotografias; · Entrevistas; · Estudo de textos; · Encontros interativos; · Laboratório de informática; · Caderno de campo; · Aulas expositivas; AVALIAÇÃO A avaliação aconteceu através do acompanhamento dos professores durante o desenvolvimento das atividades realizadas no decorrer do trabalho. Cronograma Para realizar essa pesquisa procurarei seguir o cronograma abaixo, sem esquecer que o mesmo e maleável sujeito a alterações; Dias Atividades 02/08/2010 Escolha do tema; 09/08/2010 Levantamento de hipóteses no posto de saúde com alguns pioneiros ; 16/08/2010 Pesquisa com um documentário de Terra Nova; 17/08/2010 Palestra com o grupo “vida ativa”; 23/08/2010 Montagem dos grupos para pesquisa a campo; 24/08/2010 Pesquisa á campo: entrevista com os pioneiros; 26/08/2010 Pesquisa á campo: entrevista com os pioneiros; 02/09/2010 Pesquisa á campo: entrevista com os pioneiros; 03/09/2010 Relatório no caderno de campo ; 06/09/2010 Montagem de algumas entrevistas; 09/09/2010 Análise de dados; 13/09/2010 Pesquisa, digitação, e montagem de textos e gráficos no laboratório; 16/09/2010 Digitação dos textos de cordel; REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CEREJA, William Roberto. Português: Linguagens,1ª Edição, São Paulo, Ferreira, João Carlos Vicente, 1954- Mato Grosso e seus Municípios .Wikipédia, a enciclopédia livre. ANEXOS UM BREVE RELATO A comunidade 9º Agrovila, município de Terra Nova do Norte estado de Mato Grosso tem suas raízes não só focadas ao Rio Grande do Sul mas também de povos de outros lugares como Paraná. O motivo de hoje eles estarem aqui é visto que no ano de 1977, os índios da nação caingangue, expulsarão-os sem dó nem piedade, fazendo com que eles deixassem suas terras, plantações e tudo o que possuíam. Com isto, tiveram que ir todos para as cidades, que não era tão grande assim para poder mantê-los todos ali, pois havia mais de 1000 mil famílias desabrigadas. Então foi o momento que Norberto Schwantes organizou um projeto de assentamento para assentá-los na região Norte do Mato Grosso. O primeiro assentamento ocorreu no dia 1º de julho de 1978. Esta reserva que tinha a dimensão de 435 mil hectares. A coopercana executou duas fazes do projeto TNA, I e II que tinha um total de 270.203 hectares possibilitando a formação de 1062 lotes distribuídos em nove agrovilas sendo elas. 1º - Esteio 2º - Planalto 3º - Nonoai 4º - Guarita 5º - Xanxerê 6º - Miraguai 7º - Charrua 8º - Minuano 9º - Norberto Schwantes Para aprofundar mais no assunto nós alunos do 3º ano do Ensino Médio da Escola Municipal Norberto Schwantes, Nona Agrovila, Terra Nova do Norte, Mato Grosso, planejamos um encontro com o senhores idosos, ou seja,alguns pioneiros da 9º Agrovila que hoje fazem parte de um grupo com o nome de “Vida Ativa. Nós alunos queríamos que eles realmente nos contassem a história que gerou a comunidade Norberto Schwantes. Uma das senhoras com o nome de Irena Maria Ferst e com apenas 63 anos teve a disponibilidade para nos relatar a sua história. Ela nos conta que chegou em Mato Grosso no ano de 1981.Mas sua viagem teve muita dificuldade , pois as estradas estavam em péssimo estado, tinha muitos atoleiros e pontes em más condições. Sua viagem durou 3 dias e 3 noites. Com a ajuda de Dona Cleuza Fátima Pommer que também nos conta como era a comunidade explicando-nos como se fosse a um mapa que segue em anexo ao trabalho. A Agrovila foi organizada mais ou menos assim: Tinha duas estradas sendo que ao seu meio havia mata. No inicio de cada chácara como era mata virgem, foi desmatado em torno de aproximadamente 50 metros no inicio de cada chácara, para que fossem construídas suas casas. Um dos responsáveis por fazer as casas das famílias que aqui hoje habitam a comunidade se chama José Balduíno Neto um Senhor de grande disponibilidade e muita alegria, que até hoje mora na comunidade Nossa Senhora de Fátima. Uma pessoa que merece ser lembrada com muito carinho e amor por todos. Alimentação Ela conta que nos primeiros meses tiveram a ajuda da Coopercana, mas não durou muito tempo para que eles paralisassem a distribuição dos alimentos. Também foi fornecidas ferramentas como: foice, machado, enxada, e ate moto- serra. Mas isto foi para as famílias que abrigaram as agrovilas, Esteio, Planalto, Nonoai, Guarita e Xanxerê, pois os demais tiveram de conseguir as suas. Como a ajuda que recebiam era muito pouca o jeito era se reunir em grupos comunitários entre a comunidade onde em que um ajudava o outro a fazer os serviços em geral. Eles percorreram cerca de 15 quilômetros a pé para buscar ramas de mandioca, batata, e mudas de diversos outros tipos de alimentos. A água para seu consumo era buscada em baldes nos rios, sem garantia de qualidade ou alguma espécie de tratamento. Também tiveram de enfrentar uma doença que estava se alastrando muito depressa: a malária. Uma doença que estava causando a morte de muitas pessoas. Muitos foram vitimas da doença até venderam seus sítios a troco de uma passagem de volta para o Rio Grande do Sul. Por outro lado, muitas das pessoas persistiram no seu sonho de ter seu próprio sítio e encararam as dificuldades que havia na região. Eles tinham em consciência que teriam de pagar por estas terras. Eles tinham um contrato em que constava que eles teriam três anos de carência e 10 anos para que fosse concluído o pagamento. Mas com o passar dos três anos que as coisas já estavam bem melhores, eles receberam a noticia que teriam de fazer o pagamento de todos os anos, se não teriam que desocupar as terras. Aqueles que tinham condições podem comprar o sítio do outro e pagar as parcelas. CLIMA Com as visitas que nós alunos fizemos aos senhores pioneiros, foi feita algumas perguntas. Uma delas era relacionado ao clima. A maioria dos entrevistados responderam que quando chegaram na 9ª Agrovila , eles sentiram uma grande diferença no clima, pois no Rio Grande do Sul o frio era intenso e na região mato- grossense era muito mais quente. Em relação a época que eles chegaram na região por volta de 1981, comparando com os dias atuais apresenta algumas diferenças. Acontece que nos dias atuais faz muito mais calor e vento. Também chovia com mais freqüência, agora chove menos. Mas mesmo assim, eles dizem que não tem mais interesse de voltar a morar em seus locais de origem, pois eles mesmos dizem que não conseguiriam se adaptar com o clima. FALARES DIFERENTES Um aspecto que refletimos e questionamos foi em relação à linguagem dos pioneiros.Na organização dos dados referentes a variação lingüística, coletados juntos a seis pioneiros da 9ª Agrovila, foram feitas sete perguntas. Destas, apenas três apresentaram variação na resposta. São elas: * Qual o nome que se dá para o filhote da vaca? Três responderam bezerro e três terneiro. Dos que responderam bezerro, dois são migrantes do Paraná e um do Rio Grande do Sul. Os três que responderam terneiro, são migrantes do Rio Grande do Sul.Isso quer dizer que um dos migrantes do Estado do Rio Grande do Sul modificou este vocábulo desde que aqui se estabeleceu. * O nome do objeto usado para amarrar animais no momento de tirar o leite? Dois responderam soga e quatro responderam corda.Os dois entrevistados que responderam soga são migrantes do Estado do Rio Grande do Sul. Entre os quatro que responderam corda, dois são migrantes do Estado do Paraná e dois migrantes do estado do Rio Grande do Sul. Desta forma, dois migrantes do Estado do Rio Grande do Sul modificaram o uso deste vocábulo. * Alimento produzido com frutas e açúcar, usado para passar no pão? Três responderam doce e três responderam chimía.entre os três que responderam doce, dois são migrantes do Estado do Paraná e um migrante do estado do Rio Grande do Sul. Apenas um dos falantes modificou o uso deste vocábulo. Os que responderam chimía são migrantes do Estado Rio Grande do Sul. As variações de respostas estão relacionadas aos vocábulos usados em seus estados de origem. Podemos concluir que eles ainda conservam bastante o vocabulário que adquiriram em sua infância. De acordo com as diferentes respostas obtidas pudemos observar que os pioneiros entrevistados,conforme cada região de onde vieram tem uma forma diferente de falar. Mas, isso nada mais é que a variação de cultura de cada um desses pioneiros, pois as pessoas que vieram do RIO GRANDE DO SUL, PARANÁ, na maioria das vezes não abandonaram seus vocábulos regionais, e usam essas palavras que para nós parecem diferentes. Porém essa diferença observada por nos, representa uma riqueza cultural, muito valiosa para a nossa localidade. Questões que não apresentaram diferenças de respostas: · Como se chama o pássaro que tem um bico grande e longo com o qual se alimenta do néctar das flores e consegue ficar parado no ar batendo as asas? Todos responderam beija-flor. · Nome da fruta que produz em rama e com ela podemos fazer doces, abafadinho, etc. Todos responderam abóbora. · Nome de um alimento que se aproveita a raiz para a produção de farinha, sopa, beiju, mistura para se comer com carne de porco? Todos responderam mandioca. · Alimento caseiro, fabricado com ovos, trigo e água? Todos responderam macarrão. Nesta questão esperávamos que alguém respondesse massa. Nossa hipótese não foi confirmada. PRODUÇÃO DE CORDÉIS A CHEGADA DOS PIONEIROS Da reserva dos índios Caigangue Muitos camponeses tiveram de sair O conflito era grande e não puderam resistir Os agricultores ficaram sem lugar pra viver Norberto Schwantes resolveu interceder Criou o projeto Terra nova com o objetivo de Muita gente um pedaço de terra receber. Na chegada foi um misto de medo e esperança Onde muitos perderam a confiança De sua vida melhorar, Porque primitivo era o lugar As casas era preciso levantar Com muita dedicação Foi feita a primeira plantação. Autor: Anderson da Silva Pereira Resgate de uma História Foi no Rio Grande da Sul Onde a história de Terra Nova começou Por causa dos índios caigangue Que as famílias de suas terras expulsou E em Terra Nova tiveram que se instalar Onde poderiam para sempre trabalhar. No momento em que chegaram Para todos os lados que olharam Só matas enxergaram Muitos ficaram contentes e outros decepcionados Mas com não havia outro lugar Aqui tiveram que morar. Nas terras que aqui pisaram Por muitas dificuldades passaram Mas é uma terra de esperança E aqui conseguiram prosperar Com muito trabalho e suor A vida conseguiram ganhar. Autor: Weslei da Silva Lisboa O INÍCIO La no Rio grande do sul Onde a historia de Terra Nova começou por causa de índios caigangue que as família de suas terras expulsou e em Terra Nova se instalaram onde poderia para sempre trabalhar no momento em que eles chegaram para todos os lados que eles olharam apenas matas enxergaram acharam que a realidade era outra mas logo se adaptaram e uma nova vida eles formaram mas com muita dificuldade eles tornaram realidade algo que para eles nunca seria possivel mas trabalhando fizeram a vida novamente Autor:Tiago Freitas A SAGA DOS PIONEIROS Da reserva dos índios Caigangue muitos camponeses tiveram de sair o conflito era grande e não puderam resistir os trabalhadores ficaram sem lugar para viver Norberto Schwantes resolveu interceder criou o projeto Terra Nova com o objetivo de muita gente um pedaço de terra receber A chegada foi um misto de medo e esperança onde muitos perderam a confiança de sua vida melhorar porque primitivo era o lugar as casas foram necessárias levantar com muita dedicação foi feita a primeira plantação. Autor: Hozane Alves de Souza TERRA NOVA-GRANDE DESAFIO Foi no ano de 1978 Que a história de Terra Nova começou No Rio Grande do Sul era o lugar De onde os índios caigangues os agricultores expulsou Fazendo que eles não tivessem onde ficar Essa população quase se desesperou O pastor luterano,Norberto Schwantes Com esse fato se preocupou Logo uma ideia observou Criou um projeto chamado Terranova Que em Terra Nova do Norte prosperou Foi nesse momento que mato grosso brilhou Foi na vila esteio que desembarcaram no começo não viram nada mas no outro dia os seus olhos brilharam com uma mata tão bonita ainda não haviam se deparado O trabalho era suado e ardil Mas em pouco tempo Uma nova vida surgiu Agora era o momento De recuperar o tempo perdido E colocar a vida novamente em movimento Mas como em todo lugar novo O que não falta é dificuldade Um tratamento de saúde era raridade Para eles a comunicação Era uma grande dificuldade Muitos desafios pra essa sociedade Autor: Fábio Cristiano Vergues AS LEMBRANÇAS DE UMA HISTÓRIA Tudo começou no Rio Grande do Sul Muitas pessoas que ali moravam Existiam famílias que trabalhavam Só que nada adiantou Pois os índios Caingangue dali os expulsou Mais de 1000 famílias foram expulsas Das suas terras sem desculpas. O motivo foi muito simples eles pensaram que essas famílias iriam roubar suas terras que nessas terras eles plantavam E suas famílias alimentavam Mas do lugar tiveram de vazar Para nunca mais voltar. A terra que aqui pisei Daqui jamais sairei Esse mundo cheio de matas Muitas vezes passei desgraças As doenças que aqui existiam As pessoas que aqui haviam Muitas delas não resistiram. Terra Nova abriu seus braços Para esse povo com grande amor Que nesse mundão passou horror Para criar seus filhos amado Em uma região de cor esverdeado Eu olho o que essas pessoas passaram As doenças que aqui haviam muitas pessoas não resistiram. Autor: Cleyton Antônio Bezerra AQUI CHEGARAM, AQUI FICARAM Por volta dos anos oitenta Agricultores do Rio Grande do Sul Tiveram que de suas terras deslocar Então Norberto Schwantes tentou auxiliar Fazendo um projeto de assentamento No objetivo de proporcionar sustento E as famílias despejadas amparar As famílias que ali ficaram Nunca mais se deslocaram Hoje contam suas histórias Que na 9º agrovila viveram Jamais apagaram das suas memórias As dificuldades que aconteceram As dificuldades acabaram As histórias continuaram Os pioneiros para suas antigas terras Nunca mais voltaram Agora estão na 9ª agrovila Para seus sonhos realizar Com terras boas para plantar Autoras: Rosangela batschke e Suzane de Almeida NONA AGROVILA A história da 9ª agrovila Tem suas raízes no Rio Grande do Sul Quando os índios Caingangue De Nonoai, Miraguaí, Guarita e Tenente Portela Várias famílias expulsaram Sem ter onde ficar Essas famílias na cidade foram se abrigar A vida na cidade não era fácil O Pasto Luterano Norberto Schwantes Tentou essas famílias ajudar Foi quando surgiu o Projeto Terra Nova E em Mato Grosso Essas famílias veio assentar Para suas vidas continuar No começo tudo era difícil Meios de transporte não haviam Comércio não existiam Posto de saúde muito menos. Autoras: Rosangela batschke e Suzane de Almeida TRAGÉTÓRIA DOS PIONEIROS Povo da 9º Agrovila Aqui esta o depoimento De que já há muito tempo Vocês passaram um sofrimento Vieram com sua família Sem saber o que lhe previa Mato grosso o recebeu Com toda sua alegria Mas no começo Não foi fácil Arrumar a moradia Que com tanto suor construia O trabalho fazia parte Do sonho que construia Porque sabia que no final A recompensa viria Só dependia do trabalho Que ali o povo fazia A malária era uma doença Que ali tava predominando A saúde era precária, Para um povo soberano Com a falta de transporte Os percursos eram longos A sua alimentação Dependia do clima então Que havia naquela época Em nossa região. Plantando batata, mandioca, Arroz, milho, feijão. Isso naquela época Era a base Da sua alimentação. E assim criaram seus filhos Com amor e educação Criaram filhos direito Criaram bons cidadãos.

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